I love you forever
Se ele fosse resumido a uma palavra, esta seria “egocentrismo”. Obcecado por si mesmo, amaldiçoa a si mesmo todo dia por nunca ter visto seu próprio reflexo. Nascido vampiro, ninguém sabe como ele surgiu, como ele sobreviveu; até mesmo ele esqueceu-se dos detalhes: é um passado muito distante, distante demais para ser lembrado. Julian é do tempo em que não havia estrelas no céu, do tempo em que humanos não tinham cidades e não se matavam à toa...
Frio, calculista, imprevisível. Ele sequer precisa impor respeito: só de vê-lo todos os outros vampiros sentem o quão antigo ele é. Uma figura imponente, elegante; olhos claros que brilham no escuro, cabelos escuros, pele de mármore, caninos feitos pra rasgar, mãos sútis... Um intelecto impecável: o perfeito predador.
...Mas não foi sempre assim. Há rumores sobre um amor perdido, sobre a pessoa que o fez atravessar gelo e fogo... Uma vampira, transformada pessoalmente por ele: sua primeira parceira. Julian é egocêntrico demais, arrogante demais para ter um harém de companheiras; mesmo nos tempos mais lascivos ele ora ficava só, ora escolhia uma especial. Não que tenha dado muito certo: praticamente todas acabavam enfiando uma estaca de prata no seu próprio peito... Duravam semanas, meses, centenas de anos; quem se importa? No fim, todas o abandonaram. Mas não ela, não sua adorada: esta fora arrancada de seus braços à força, e conseguiu fazer algo que somente os mais antigos sabem o segredo: chorar. Dizem que, quando ela era humana, não enxergava muito bem; tinha cabelos crespos, olhos opacos; era um animal assustado. Depois de... transformada, se