H Lio Pellegrino
“Quanto você faz 20 anos está de manhã olhando o sol do meio dia. Aos 60 são seis e meia da tarde e você olha a boca da noite. Mas a noite também tem seus direitos. Esses 60 anos valeram a pena. Investi na amizade, no capital erótico, e não me arrependo. A salvação está em você se dar, se aplicar aos outros. A única coisa não perdoável é não fazer. É preciso vencer esse encaramujamento narcísico, essa tendência à uteração, ao suicídio. Ser curioso. Você só se conhece conhecendo o mundo. Somos um fio nesse imenso tapete cósmico. Mas haja saco!"
(Carta a Fernando Sabino, revista pelo autor ao fazer 60 anos).
História
1924
Hélio Pellegrino nasce em Belo Horizonte (MG) no dia 05 de janeiro, filho de Braz Pellegrino, médico ilustre, e Assunta Magaldi Pellegrino, nascida no Sul da Itália.
1928
Conhece Fernando Sabino, seu colega de jardim-de-infância, de quem se tornaria amigo por toda a vida.
1939
Demonstrando seu interesse pela literatura, dedica-se à leitura de Drummond e escreve seus primeiros poemas.
1940
Uma geração de mineiros, que viriam a ser grandes escritores nacionais, circula por Belo Horizonte: Emílio Moura, João Ethienne Filho, Francisco Iglésias, Wilson Figueiredo, Carlos Castello Branco, Autran Dourado, Sábato Magaldi, entre outros. Hélio estreita sua amizade com Paulo Mendes Campos, Otto Lara Resende e Fernando Sabino. Formou-se, assim, o grupo que ficou conhecido como "Os 4 mineiros". Publica, pela primeira vez, um poema no jornal "O Diário".
1942
Face à pressão da família, ingressa na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte. Dizia, depois, aos amigos: "Eu queria mesmo era fazer filosofia, mas naquela época, não tinha Faculdade de Filosofia em Minas". E acrescentava: "Na verdade eu fazia era medicina, boemia e política".
"Deixai-o", considerado seu primeiro poema significativo, é publicado na revista católica "A Ordem". Conhece em Belo Horizonte o poeta Vinicius de Moraes.
1943
Decide-se pela área da medicina