ESTADOS ALTERNATIVOS DE ESTABILIDADE ENTRE ORGANISMOS E NUTRIENTES
Sarah Castro Nogueira
Engenharia Ambiental – Ecologia Numérica
1 - ESTADOS ALTERNATIVOS DE ESTABILIDADE
A partir de trabalhos teóricos baseados em simples modelos ecológicos, pode-se levantar a hipótese que os ecossistemas poderiam mudar de repente para um diferente e estável estado alternativo do original, surgindo assim a teoria dos Estados Alternativos de Estabilidade de Ecossistemas.
Sabemos que o planeta está sempre suscetível a mudanças climáticas, queimadas, epidemias e outros fatores que podem influenciar diretamente em um ecossistema. A teoria considera que se existe apenas uma base de atração, o sistema voltará ao estado original após a passagem do efeito de perturbação. Mas se existem vários estados alternativos de equilíbrio para uma dada condição, uma perturbação poderá levar o sistema à outra base de atração, passando-o para outro estado de equilíbrio. Essa mudança depende tanto da força da perturbação como do tamanho da base de atração (Fragoso, 2007).
Alguns sistemas podem adquirir a capacidade de se manterem inalterados, é a chamada Resistência. Outros têm a capacidade de Resiliência, assim podem se recuperar após sofrer uma mudança provocada por uma perturbação.
Os Estados Alternativos de Estabilidade podem ser avaliados por meio de modelos ecológicos que determinam soluções para o estado de equilíbrio de um sistema. Além dos modelos, programas computacionais foram criados com o objetivo de facilitar essa avaliação, como o GRIND.
2 - ESTADOS ALTERNATIVOS DE ESTABILIDADE ENTRE ORGANISMOS E NUTRIENTES
Os modelos matemáticos que fazem essa relação entre presa e predador surgiram durante a Primeira Guerra Mundial, quando um período sem pesca levou a um aumento do número de predadores e levou a um matemático, Vito Volterra, a estudar sobre o assunto. Interessado pelo mesmo problema, um biólogo, A. J. Lotka, também acabou por reproduzir modelos semelhantes