E se eu fosse o outro? (apedrejamento de soraya M.)

No filme “O apedrejamento de Soraya M.” deparamo-nos com uma situação que revela um grande contraste com a cultura ocidental. Neste filme uma jovem é considerada culpada de adultério, e a partir dessa mentira é condenada à morte por apedrejamento como dita a lei da religião islâmica.
Perante esta circunstância podemos colocar a questão “e se eu fosse o outro?”, provavelmente se cada um de nós tivesse nascido e educado perante as leis daquele país, iria achar a situação justa mas nós que nos consideramos “civilizados”, tal acto representa um atentado aos direitos humanos, mas limitamo-nos a ignorar porque não podemos alterar a ideologia representada pela religião islâmica evitando assim que estes actos se voltem a repetir.
Nos dias de hoje e na nossa civilização, ouvir ou ver, por exemplo o meu vizinho agredir a minha vizinha (caso de violência doméstica) muitas pessoas iriam, provavelmente, subir o volume da televisão ou sair para dar um passeio o que para mim revela que apesar de sermos considerados uma “civilização avançada”, cometemos actos de igual crueldade. Nestas situações o que eu faria, seria a denuncia às autoridades.
No filme, “se eu fosse o outro”, considerava a existência de visões diferentes pelos olhos da tia, do presidente e do realizador. A tia Zahra neste filme desempenha um dos papéis principais, é ela que toma a voz da história, é ela que se manifesta perante o acto de assassinar a sobrinha sendo a única mulher na tentativa de salvar a sobrinha. Zahra no filme era uma mulher diferente pois era a única que tem algum poder, ela por ter estado casada com alguém influente na vila, procura exercer alguma da influência do falecido marido. Se eu fosse Zahra iria fazer todos os possíveis para, como ela, evitar que o atentado à vida da sobrinha acontecesse. Tal acção não lhe foi permitida, contudo ela espalhou a história por todo o mundo para que todos soubessem da brutalidade que naquele dia sombrio aconteceu na vila, situação que eu também