d.dinis
1)
1.1) A metáfora remete por os pinheiros plantados pelo D. Dinis, que são já virtualmente as naus das descobertas – O futuro adivinhado, o rei aparece assim, como aquele que criou as condições para os descobrimentos
Imagina até D. Dinis a compor um cantar de amigo, inspirado pelo rumor desses pinhais que já ondulavam, mas apenas na sua imaginação ("sem se poder ver"). O poeta recua no tempo e escuta, com o rei lavrador, a "fala dos pinhais... o som presente desse mar futuro".).
1.3) ·A simbologia terra/mar no acto de criação:
Este poema referencia os dois ciclos da nossa história: a terra e o mar. A terra conquistada pelos Reis antecessores que nesta altura merecia atenção. D.Dinis foi cognominado de “O Lavrador”, uma vez que foi na agricultura que mais investiu. O pinhal de Leiria foi plantado para impedir que as terras à beira--mar fossem degradadas pela areia do mar e vento. O mar é o futuro. D. Dinis mandou plantar o pinhal para o bem da agricultura, contudo, anos mais tarde, a madeira deste viria a ser utilizada para construir as naus em que partiram os descobridores portugueses. A terra é então uma “voz” no presente que chama pelo futuro, o mar.
2) D. Dinis não poderia deixar de figurar na Mensagem, obra que se ocupa sobretudo dos mitos e à qual da História, interessa precisamente a matéria mítica. Nesse sentido, D. Dinis figura como um mito da iniciação, o antecipador da grande empresa de descoberta do mar desconhecido, aquele que soube escutar a voz do mar. Já n’Os Lusíadas, epopeia que se ocupa da matéria histórica elaborada como caminho para a construção do império, da glória e do heroísmo, D. Dinis merece pouco mais de duas breves estrofes, pois ele não é um rei guerreiro e os seus feitos não são feitos de armas.
3
a) Explicita o sentido da metáfora “O plantador de naus a haver”.
R: A metáfora”Naus há ver” Remete para os pinheiros mandados plantar por D.Dinis que são já, virtualmente as naus das descobertas –