Custo de Oportunidade
Um dos grandes desafios para um economista é explicar o que ele faz da vida. As pessoas entendem que uma das coisas que um professor de economia faz é ensinar economia. Mas o que seria isso, exatamente? A maioria presume que seja algo que tenha a ver com investimentos e administração financeira. Certa vez, conversando dentro de um avião, disse a uma senhora que eu era economista. Ela respondeu, ‘que vergonha, meu marido ama o mercado de ações’. Hmm… Eu não contei para ela que, com a exceção das vantagens dos fundos mútuos e indexados de investimento, não sei nada sobre o mercado de ação.
Minha companheira de viagem poderia ter se beneficiado da leitura de Alfred Marshall, que chamou a economia de “o estudo da humanidade na condução de seus negócios cotidianos”. Essa foi a tarefa de Marshall, de Adam Smith, de Friedrich Hayek e Milton Friedman: eles tentaram entender o que as pessoas faziam e as implicações de seu comportamento para a sociedade como um todo.
Porém, minha definição de economia favorita é uma variante da de Marshall. Ela vem de um estudante que a ouviu de outro professor: a economia é o estudo de como se extrair o máximo da vida. Eu gosto dessa definição porque ela chega ao verdadeiro coração da economia – as escolhas feitas por nós, dado que não podemos ter tudo o que queremos. A economia é o estudo dos desejos infinitos e dos meios finitos, o estudo das escolhas limitadas. A afirmação é verdadeira para indivíduos e governos, famílias e nações. Thomas Sowell disse o mesmo, mas de uma forma melhor: não existem soluções, apenas dilemas. Para extrair o máximo da vida, para pensar como um economista, você deve saber do que você está abrindo mão para conseguir outra coisa. É isso que custo de oportunidade significa:
Custo de oportunidade é aquilo que você abre mão para obter alguma outra coisa.
O que poderia ser mais direto? Se você quer uma coisa, deve abrir mão de outra. A idéia acaba sendo um pouco mais sutil do que