CONFERÊNCIA X
SIMBOLISMO NOS SONHOS
Na conferência anterior Freud comenta a deformação que ocorre nos sonhos que interfere em nossa possibilidade de compreendê-los - censura onírica.
A censura onírica é um fator de deformação dos sonhos, mas não é o único. A censura nos sonhos é resultado de uma atividade censora dirigida contra inaceitáveis impulsos plenos de desejos inconscientes, mas mesmo que a censura não entrasse em ação, teríamos dificuldades para interpretar os sonhos pois ainda assim o sonho manifesto não seria idêntico aos pensamentos oníricos latentes.
Freud faz esta constatação reavaliando a técnica, particularmente nos casos em que deixa de surgir uma associação – mesmo sob pressão, ou mesmo quando pelas associações fornecidas pelo paciente não encontramos o que dela esperávamos.
Chega à conclusão que o problema não seria uma falha de técnica.
Esclarece que isso ocorre regularmente em conexão com determinados elementos oníricos e começa assim a reconhecer “UM NOVO PRINCÍPIO GERAL” em vigor.
Freud chama a atenção para o fato de que quando usamos a técnica ASSOCIATIVA, não fica claro por que ocorrem com frequência determinadas substituições de alguns elementos oníricos e com a prática da técnica deveríamos ser capazes de lidar com essa parte da interpretação dos sonhos por meio de nossos próprios conhecimentos. Desta forma a interpretação dos sonhos poderia ser realizada sem as associações do sonhador.
Conceitua:
RELAÇÃO SIMBÓLICA – relação constante entre um elemento onírico e sua versão
ELEMENTO ONÍRICO – símbolo do pensamento onírico inconsciente.
Relembra que quando falava sobre a investigação das relações entre elementos oníricos e a coisa “original” situada por detrás destes diferenciou 3 relações desse tipo:
- A da parte como o todo
- A da alusão
- A da representação plástica
Soma às anteriores uma quarta relação: - A RELAÇÃO SIMBÓLICA
Comenta que o simbolismo é, talvez, o mais notável capítulo da teoria dos sonhos.
Como os