c. sociais

2242 palavras 9 páginas
O Brasil encontra-se, atualmente, entre as dez maiores economias do mundo, atingindo, a partir do final de 2010, seu menor nível de desigualdade de renda desde os registros iniciados em 1960. No entanto, a desigualdade do país, apesar de vir caindo quase à metade dos valores em relação à razão de rendas médias (passando de 18,12% para 9,76% na última década), permanece entre as dez maiores do mundo e levaria, pelo menos, vinte anos no atual ritmo de crescimento para atingir o nível dos Estados Unidos.
As décadas de 60 e 70, caracterizadas pelo Milagre Econômico, foram épocas de grande crescimento econômico, com redução brutal da pobreza. Entretanto, associado a essa redução, havia grande concentração de renda e, consequentemente, uma maior desigualdade. Já a década de 80, foi marcada pela redemocratização e, ao mesmo tempo, pelos recordes históricos de inflação e desigualdade, que resultaram em um período de grande instabilidade, por isso é chamada de “Década Perdida”. Assim, conter a inflação passou a ser foco das políticas públicas, iniciando-se a implantação de sucessivos projetos com esse fim.
A Constituição de 1988, associada ao Plano Cruzado, destacou a criação de direitos sociais e econômicos, sem especificar qualquer mecanismo de cobrança de desempenho social efetivo dos governantes, ou seja, reconhecia a desigualdade e a pobreza como problemas reais que exigiam políticas ativas, porém estas não eram realmente concretizadas. Somente em 1994, com o Plano Real, obteve-se certa estabilidade econômica que resultou em um aumento de renda, causando uma falsa impressão de menor desigualdade, pois, na verdade, o que caiu foi a instabilidade da renda individual.
A partir de 2000 inicia-se uma notável redução da desigualdade brasileira, mais especificamente no período de 2004 a 2009, conhecido como “a pequena grande década”, visto que foi nesse momento em que ocorreu um processo de distribuição de renda, com um maior crescimento econômico dos menos

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