C Ramical

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CARLOS OSWALD, MESTRE DA GRAVURA BRASILEIRA.

Dentre esses mestres surgiu um de primeira grandeza: Carlos Oswald (1882-1971). Chegou ao Brasil em 1913, pela segunda vez, com formação em arte e música. Havia sido premiado em terras brasileiras em 1904 (menção honrosa) e em 1906 (medalha de prata) quando, por intermédio de seu pai, enviou pinturas para a Exposição Geral da Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Carlos Oswald veio com a intenção de realizar a mostra de seus trabalhos e retornar à Florença, mas seu pai, o maestro e compositor brasileiro Henrique Oswald (1852–1931) – que fora chamado a ocupar a direção do Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro -, começou a sentir necessidade de transferir sua família da Itália para o Brasil, intenção que, de fato, se concretizou. Carlos, que optara pela pintura, e não pela carreira de música nem de engenharia, é igualmente impedido de retornar à Itália pela eclosão da 1ª. Guerra Mundial.
Antes de sua vinda, o artista já executara gravuras em água-forte. À época, estudou gravura com o água-fortista norte americano Carl Strauss (1873-1957), de ascendência alemã. Segundo Maria Isabel Oswald Monteiro, Strauss foi o único mestre de Carlos Oswald. No Brasil, o artista integrou-se facilmente à vida cultural carioca, e em 1914 foi convidado a inaugurar e dirigir a Oficina de Gravura do Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, entidade vinculada à Sociedade Propagadora das Belas Artes. Seu traço firme, composto de jogos de claro-escuro corretos, foi a marca que o acompanhou durante quase toda a sua carreira, exceto em suas últimas obras, quando a deficiência visual se encontrava avançada. Indiscutivelmente o artista produziu obras de cunho impressionista de extrema beleza.
Apesar da quantidade relevantemente maior de gravuras em preto e branco, é necessário ressaltar que o artista, antes mesmo de gravar sua primeira chapa no Brasil, executara obras com a utilização de tinta colorida, e nas quais se

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