Tecnologias do Futuro
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Fotos: acervos pessoais
Trabalhadores como chapeleiro, alfaiate, ferroviário e algumas funções na indústria constam no projeto “Profissões em extinção”
O C U PA Ç Õ E S
O mundo do trabalho em mutação: profissões deixam de existir; novas funções são criadas
Um dos efeitos evidentes do aumento do uso da tecnologia no setor produtivo é a diminuição no número de postos de trabalho. Especialistas que pesquisam o fenômeno concordam que uma saída para amenizar o grave impacto do desemprego sobre a sociedade é reduzir o número de horas trabalhadas, sem perda salarial. Essa, inclusive, é uma das principais reivindicações dos sindicatos, tanto nos países desenvolvidos quanto nos países periféricos. No entanto, a incorporação intensiva de tecnologia no mundo do trabalho, seja
na indústria, no comércio ou no setor de serviços, trouxe uma realidade mais complexa que amplia o cenário da pesquisa e não se restringe à redução do emprego. Ocorre, hoje, uma verdadeira revolução nas relações de trabalho e no aparecimento de novas ocupações, com profissões sendo extintas e outras, novas, criadas.
Os sinais desse processo no Brasil foram detectados no trabalho realizado para a mudança na Classificação Brasileira de
Ocupações (CBO), lançada em outubro de 2002. A CBO é o documento
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utilizado por instituições como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) para reconhecer, nomear e codificar os títulos e o conteúdo das ocupações do mercado brasileiro. Segundo Cláudia Paiva, que chefia a divisão da CBO nessa área, o surgimento de novas tecnologias e a modificação das formas de organização do trabalho exigiram a atualização do documento para o mercado de trabalho brasileiro devido às sensíveis modificações dos últimos dez anos.
A nova CBO 2002 tem uma série de inovações em relação a sua versão anterior, de 1994. Entre as novas ocupações descritas estão as relativas a áreas com perfil claramente