A ética e a corrupção
Em seu livro Ética a Nicômaco, Aristóteles afirma que o ser humano deseja viver bem consigo mesmo, e para isso se procura o bem supremo, ou seja a felicidade. As pessoas que procuram na ética o máximo bem, consequentemente farão o bem para as todos ao seu redor. Idealmente, esses deveriam ser os princípios da política.
Para Aristóteles a política é essencialmente associada à moral, porquê ele defendia que a maior finalidade do estado é a virtude e formação moral das pessoas. O estado é superior ao indivíduo e a coletividade está acima do indivíduo, fazendo que o bem comum esteja acima do bem individual. Aristóteles também defendia que a felicidade deve ser alcançada pela comunidade, uma cidade feliz é mais próspera, e a prosperidade deriva do agir bem (Stukart, 2003).
Na sociedade em que vivemos, a grande maioria dos homens se submetem as suas paixões, e é comum ver atitudes que não seguem nenhuma ética. Estamos assistindo um processo de degradação moral, seja na política, na justiça, na economia e em muitas outras áreas.
O jurista carioca Evaristo de morais (Stukart, 2003) comentou que hoje existe uma grande tendência a se dar mais valor ao dinheiro que os aspectos morais. No Brasil, a certeza de impunidade e a cultura do proveito fazem com que em muitos casos seja mais fácil obter conquistas através da especulação do que através do trabalho honesto e produção.
Estamos acompanhando uma descrença na política e no governo, onde a população acredita que quase todos os políticos são corruptos. Presenciamos em nossa geração diversos escândalos ligados a corrupção: PC Farias, vampiros, sanguessugas e o Mensalão. A sociedade brasileira assiste perplexa e indignada esses episódios.
A corrupção e má conduta no governo brasileiro são grandes responsáveis pelos problemas que existem hoje no Brasil. As verbas que deveria ser usado para saúde, educação e outras melhorias no país são em grande parte desviadas para interesses privados