A água é o novo petróleo
A água doce é um recurso vital, essencial para a agricultura, o funcionamento das indústrias, o fornecimento de energia, e a garantia das condições de saúde e higiene. Contudo, os recursos hídricos se encontram distribuídos de forma muito desigual. Também a água está se convertendo em uma fonte de guerras, na medida em que é privatizada, se convertendo em mercadoria. Grandes represas desviam a água dos sistemas naturais de drenagem dos rios. Alterar o fluxo de um rio também modifica a distribuição da água, especialmente se isso implica transferências de água entre várias bacias. Estas mudanças provocam, frequentemente, disputas entre Estados ou províncias que rapidamente degeneram em conflitos entre governos centrais e nações. Se a globalização é empunhada implacavelmente para se apoderar desses recursos, aumentarão as guerras e a globalização se tornará mais lenta, até deter-se por causa das catástrofes ecológicas e dos conflitos pelos recursos naturais. Se, ao contrário, os movimentos a favor da sustentabilidade ecológica e da justiça social tiverem êxito em resistir aos excessos da globalização, poderemos viver com alegria em nosso planeta e compartilhar equitativamente seus recursos vitais. A guerra entre israelenses e palestinos é, em certa medida, uma guerra pela água. O motivo é o Rio Jordão, usado por Israel, Jordânia, Síria, Líbano e Cisjordânia. A agricultura em escala industrial de Israel requer água desse Rio, bem como das águas subterrâneas da Cisjordânia. Embora somente 3% da bacia do Jordão esteja em território israelense, esta área proporciona 60% das necessidades de água de Israel. A guerra de 1967 foi, de fato, uma guerra pela água das Colinas de Golan, do Mar da Galiléia, do Rio Jordão e da Cisjordânia. As tensões entre países relacionadas com os recursos hídricos muitas vezes são o resultado de problemas ligados à alta densidade populacional, ao baixo rendimento per capita, a relações pouco