A importanv=cia do ato de ler
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A importância do ato de ler, Paulo Freire traça um painel para demonstrar que a prática democrática e crítica da leitura do mundo e da palavra estimula o leitor a pensar e analisar a realidade vivida. São três artigos que se completam: A importância do Ato de Ler; Alfabetização de Adultos e Bibliotecas Populares: uma Introdução; O Povo Diz a sua Palavra ou a Alfabetização em São Tomé e Príncipe.O primeiro artigo mostra que a leitura do mundo precede a leitura da palavra. A leitura do mundo é fundamental para o aprendizado crítico e consciente da leitura e da escrita das palavras. Assim o autor propõe um processo de alfabetização que seja montado pelas palavras que expressam os saberes populares advindos da leitura do mundo. Palavras que depois voltam aos alfabetizandos como representações da realidade.
Paulo Freire, no segundo artigo, trata da alfabetização de adultos e de biblioteca populares relacionando os dois assuntos à leitura como uma prática e compreensão crítica da realidade. Diz que não há como negar a natureza política do processo educativo nem o caráter educativo do ato político. Educar é um ato político. Fazer política é um ato educativo. É impossível separar a educação da política e do poder. Daí cabe ao educador crítico alfabetizar para libertar a palavra do alfabetizando: que este além de ouvir, possa também falar. E mais, que o professor que apenas fala e jamais ouve não tem realmente nada a ver com a educação que liberta nem com a democracia. Pelo contrário, ajuda a preservação do discurso autoritário dos governantes.
Antes a alfabetização de adultos era tratada de forma autoritária e os textos para leitura aos alunos escondiam a realidade. Agora, diz Paulo Freire, a alfabetização é um ato político praticado conscientemente pelo esforço da leitura do mundo e da palavra, pois já não é possível textos sem contexto ou palavras sem conhecimento de mundo.
Esta proposta de alfabetização solicita a constituição de um acervo de escritos