A violência e o Futebol

Pensamento crítico e ética- A violência e o Futebol
Brincadeira, provocação, ofensa, empurrões, agressão, pancadaria, morte. Essa é uma cada vez mais recorrente sequência de atos impulsionados pela “paixão” ao futebol. O fascínio por um determinado time é o que faz com que a individualidade se perca na dinâmica do comportamento das massas. Atrelado a isso, há falta de infraestrutura e planejamento por parte dos organizadores e autoridades, que deixa as massas livres para atingir o estado de barbárie.
A violência nos estádios se prolifera sempre entre duas grandes massas rivais. Dai a necessidade de discorrer sobre o comportamento dessas, em oposicão ao comportamento do indivíduo, que, como a psicologia bem mostra, é totalmente diferente. O individuo torcedor, por mais fanático que seja, é capaz de raciocínio sobre as consequências de seus atos e passível de sentir culpa, como qualquer ser humano não psicótico. O mesmo não se verifica no que concerne às massas. No meio da multidão, o torcedor não se sente responsabilizado por seus atos, consequentemente sendo também imune à culpa. Sem culpa, também não há moralidade, como bem notou Santo Agostinho. O raciocínio também está longe da realidade dos atos em massa, que, por excluir qualquer culpa e moralidade, são movidos unicamente por impulsos animais.
Tendo em vista a dinâmica das massas, qualquer tentativa de travar um diálogo com elas é um nobre e pateticamente inócuo esforco, sobrando-nos apenas uma opcão: A contencão e repressão das exaltacões potencialmente danosas à integridade dos presentes. Para tanto faz-se necessária uma reforma na infraestrutura do estádio e uma reformulacão das diretrizes da polícia. Os organizadores tem sido por demais complacentes com esse tipo de selvageria absolutamente inaceitável em qualquer país civilizado. Principalmente um país que está prestes a cediar a copa mundial. Não bastasse essa irresponsabilidade e descaso da CBF, a total omissão da polícia é no mínimo