A violência no âmbito escolar: considerações sobre a violência da e na escola
VIOLÊNCIA DA E NA ESCOLA
PAULA E SILVA, Joyce Mary Adam de – UNESP
SALLES, Leila Maria Ferreira – UNESP
GT-13: Educação Fundamental
Agência Financiadora: FAPESP
1. Violência e jovens
O fenômeno da violência, especialmente nas grandes cidades, vem adquirindo cada vez maior visibilidade social. Embora sempre tenha existido, hoje assume uma multiplicidade de formas e sua incidência cresce, assim como o envolvimento de pessoas cada vez mais jovens. O desenvolvimento de uma cultura da violência, que se alastra favorece todo um processo de banalização e naturalização de diferentes formas de violência. Em função disso, terminamos por considerá-la um fator constituinte de nossa sociedade.
A violência de jovens, especialmente de jovens em grupos, tem nas cidades brasileiras uma dimensão bastante considerável. Está bastante generalizada e apresenta uma grande variedade de manifestações. É um problema de grande relevância social que condiciona a vida das comunidades e dos jovens em particular.
Os jovens destacam que a violência está se tornando cada vez mais freqüente no dia-a-dia e que, muitas vezes, nem se reconhece mais pequenos atos como violentos. Na medida em que esses pequenos atos passam a serem considerados normais devido a sua freqüência acaba-se banalizando a violência o que contribui para atitudes de agressão e de desrespeito ao outro.
A problemática da violência seja aquela em que o jovem é vitima seja aquela que é protagonizada por ele vem provocando crescente perplexidade e sendo objeto de grande preocupação da sociedade em geral e da brasileira em especial. Para Velho
(2000, p. 18) o predomínio do individualismo e da impessoalidade contribui para que as relações interpessoais se tornem violentas de tal forma que “a violência foi se rotinizando, deixando de ser excepcional para tornar-se uma marca do cotidiano”.
A violência não pode ser reduzida ao plano físico, abarcando também o