A VIOLÊNCIA INFANTIL
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Percebeu-se que a família não necessariamente é o centro e o núcleo de proteção de crianças e adolescentes, podendo ser a origem de agressões.* Nunca se falou tanto de violência contra crianças como na atualidade. Será que a população abriu os olhos e só agora? Será que é uma conseqüência da realidade violenta que vivemos? Seja como for, é um assunto que merece uma análise mais profunda e certamente deve interessar a todos.* Dentre as outras formas de violência infantil estão a hostilidade verbal, negligência, abandono físico e emocional, a rejeição, o desprezo, a crítica excessiva e a ameaça de abandono. Em média, 18 mil crianças são vítimas de violência doméstica por dia no Brasil. O perigo está mais próximo do que se imagina. Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostram que 80% das agressões físicas contra crianças e adolescentes foram causadas por parentes próximos. Ainda de acordo com o Unicef, de hora em hora morre uma criança queimada, torturada ou espancada pelos próprios pais. Segundo o professor Vicente Faleiros, do Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB), cerca de 70% das denúncias de agressão física contra crianças foram praticadas pela própria mãe. O professor afirma ainda que o abuso sexual normalmente é praticado pelo pai ou padrasto. As mais afetadas são meninas entre sete e 14 anos, que sofrem principalmente de abuso sexual. Já a violência física atinge tanto os meninos quanto as meninas. Além da agressão corporal, o abandono, a negligência e a violência psicológica também fazem centenas de vítimas todos os dias nas famílias brasileiras. Segundo a psicóloga do Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na infâncias (Crami) Jaqueline Soares Magalhães Maio, a questão cultural é a que mais se relaciona com a violência infantil. Para ela, a cultura das famílias brasileira possibilita que os pais se excedam sobre o