a violencia por parceiro intimo
Violência no contexto das relações sociais
VIOLÊNCIA ÍNTIMA: UMA REVISÃO BIBLIOGRAFICA
Teresina/ PI
2014
INTRODUÇÃO
A violência íntima é um problema mundial ligado ao poder, privilégios e controle masculinos. Atinge todas as mulheres, independente de idade, cor, etnia, religião, nacionalidade ou condição social, afetando o bem-estar, a segurança, as possibilidades de educação, desenvolvimento pessoal e autoestima das mulheres, constituindo um grave problema de saúde pública diante dos altos índices de morbidade e mortalidade feminina. A partir dos anos de 1990, investigações indicaram altas prevalências de violência por parceiro íntimo (VPI), variando no mundo de 15,4% a 70,9%, para ocorrências de ao menos uma vez na vida de violência física e/ou sexual.
No Brasil, apenas no final do século XX, essas violências passaram a ser agendadas politicamente como violação aos direitos humanos. Devido à mobilização e à conscientização produzidas pelos movimentos sociais, pelas organizações, pelas convenções em nível internacional, com posterior repercussão nacional, e recentemente pela elaboração de legislação específica, criaram-se mecanismos para coibir e prevenir atos de agressão e violência por parceiro intimo e familiar contra mulheres.
Estudos qualitativos e quantitativos mostram que a violência por parceiro íntimo (VPI) está ligada à aceitação da violência e normas hierárquicas de gênero, como o “direito” masculino ao controle sobre bens e comportamentos femininos. A descrição “parceiro íntimo” refere-se a esposo, namorado, noivo ou qualquer outro homem com quem a mulher desenvolva relação íntimo-afetiva. As violências por parceiro íntimo geram sérias consequências e susceptibilidade a doenças, configurando-se em todo o mundo como um dos mais graves problemas sociais e de saúde pública.
Segundo relatório mundial sobre violência e saúde, elaborado pela Organização Mundial de Saúde