Controvérsias na mediação no divórcio e na violência entre parceiros íntimos: uma visão sobre as crianças.

Unidade Curricular de Psicologia do Conflito, da Negociação e Mediação
1º Semestre
Ano Letivo 2013/2014

“Controvérsias na mediação no divórcio e na violência entre parceiros íntimos: uma visão sobre as crianças.”

Controversies in divorce mediation and intimate partner violence: A focus on the children

Dezembro de 2013
Introdução

A violência entre parceiros íntimos (VPI) e o divórcio são a principal problemática para as crianças que residem nos Estados Unidos da América. Estima-se que pelo menos ¼ das mulheres são fisicamente abusadas pelo parceiro íntimo durante a sua vida e pelo menos 10% das crianças são submetidas à violência familiar todos os anos. A violência entre parceiros íntimos (VPI) é a razão mais utilizada pelos casais quando se pretendem divorciar e em mais de metade dos casos de divórcio foi experienciada a violência entre parceiros íntimos. Tanto a violência entre parceiros íntimos (VPI) como o divórcio aumentam o risco de possíveis consequências negativas para as crianças. Estas crianças quando são expostas a violência familiar podem, mais tarde, desenvolver dificuldades ao nível escolar, perturbações do foro psíquico e dificuldades em estabelecer relações interpessoais. É de realçar que os filhos de pais separados vivenciam o dobro dos riscos de padecer de perturbações psicológicas e de perturbações ao nível do comportamento.

As controvérsias ao redor da mediação familiar em casos de violência entre parceiros íntimos Os riscos do divórcio para as crianças diminuem quando o conflito entre os pais diminui, isto leva a que a criança consiga manter uma relação positiva com o progenitor que saiu de casa, e ambos os progenitores conseguem exercer uma educação apropriada. Alguns autores têm sugerido a mediação como um método alternativo de resolução que poderá trazer consequências positivas para as crianças na medida em que tenta diminuir o conflito entre os progenitores.