A vida e a obra
De acordo com Miranda (2008, p.4)2 , "uma das características que distingue o conceito de projeto do de mera atividade (isolada, automática ou imposta) é o seu carácter intencional e gerador, pois o projeto pode ser pensado como projectus, algo «lançado para a frente»".
Em educação, o trabalho de projeto está associado a uma visão progressista da educação, em que os alunos desenvolvem competências essenciais como o espírito crítico, colaboração e comunicação, em resposta a questões ou problemas com maior ou menor grau de complexidade. Assim, o processo de aprendizagem está centrado nos alunos (student-centered) uma vez que estes escolhem os temas e os problemas dos projetos que vão desenvolver, investigam e apresentam o produto final. No entanto, o papel do professor torna-se essencial neste processo uma vez que os conteúdos e problemas não têm todos o mesmo valor ou importância do ponto de vista curricular. Cabe ao professor envolver os alunos mas sem esquecer os critérios precisos para avaliar o seu valor e interesse, pois como afirma Kilpatrick (2007, citado por Miranda, 2008, p.8)2 , o projeto não significa "uma subordinação do professor ou da escola a caprichos infantis".
Por exigir uma planificação cuidada, o projeto assume-se como uma atividade intencional. Em educação, essa planificação não se resume ao professor, devendo envolver o aluno. Como afirma Kilpatrick (2007, citado por Miranda, 2008, p.5)2 , "A criança deve ter oportunidade de planificar". Acrescenta-se que esse ato intencional deve resultar do aluno e dos seus