A vale
Em 1911 o empresário estadunidense Percival Farquhar adquiriu todas as ações do Brazilian Hematite Syndicate e mudou seu nome para Itabira Iron Ore Company.
Impasse.
Percival Farquhar fez planos para que a Itabira exportasse 10 milhões de toneladas/ano de minério de ferro para os Estados Unidos de uma forma mais econômica, utilizando navios que pertenciam ao seu sindicato e que no retorno trariam carvão ao Brasil.
Mas Farquhar não obteve sucesso, pois não teve apoio de alguns poderosos governantes opositores.
Décadas de debates se seguiram. O país praticamente dividido entre os adeptos das duas posições e o projeto de Farquhar não saia do papel.
Esse projeto tornou-se viável quando Getúlio Vargas assumiu o poder a frente da revolução de 1930, anulando as reservas de ferros que pertenciam a Farquhar, criando com elas em 1942, a Companhia do Rio Doce S.A., com uma empresa estatal.
Os primeiros 20 anos.
Após a fundação, a Vale foi expandindo sua produção, porém de uma forma muito lenta.
No final dos anos 50, a Vale era uma empresa acanhada que extraia cerca de 3 a 4 milhões de toneladas/anos, menos da metade do que planejava Farquhar em 1920.
Em 1961 entra em cena seu novo presidente, Eliezer Batista. Percebendo as necessidades dos japoneses de expandir os parques siderúrgicos após a segunda guerra, criou o conceito de distancia econômico, o que permitiu a Vale entregar minério de ferro ao Japão, a preços competitivos com o das minas da Austrália através do porto do Tubarão.
A ideia era ganhar dinheiro com a logística, transformando uma distância física (a rota Brasil-Japão-Brasil) numa “distância economia”.
Assinado então em 1962 o contrato de exportação válido por 15 anos com 11 siderúrgicas japonesas, dobrando a produção da Vale.
Em 1962 a Vale produziu cerca de oito milhões de toneladas de minério de ferro.
Tempos atuais
A Docenave, empresa de navegação da Vale, criada em 1962 para levar parte do minério (40%) ao Japão, chegou a