A utilização de jogos na Educação Física escolar para o desenvolvimento de conteúdos de Matemática e Língua Portuguesa de alunos da 4º série do ensino fundamental: um estudo de caso
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Introdução A elaboração deste estudo se deu a partir do incômodo com o atual desempenho do profissional/professor de Educação Física no desenvolvimento do seu trabalho no ensino fundamental. Pois, utilizando como parâmetro minhas observações enquanto aluna do ensino fundamental há tempos atrás e, comparando-as com os dias atuais com base em observações nos estágios para a graduação pude constatar um comodismo por parte dos professores nas suas intervenções. Na maioria das vezes, “rolavam” a bola para os meninos jogassem futebol, ou, sem se preocuparem com a formação integral desses alunos, simplesmente ensinavam fundamentos das quatro modalidades de quadra como sendo o único fim da aula de educação física. Sem nenhuma manifestação na tentativa de mudanças ou evoluções, não apresentavam ou sugeriam métodos novos para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem da Educação Física Escolar e normalmente apontavam sempre os mesmos problemas como fatores limitantes: excesso de alunos nas séries, falta de material para o desenvolvimento das atividades, desinteresse dos alunos, etc. Além desse inaceitável comportamento mencionado anteriormente, me surgiam as seguintes inquietações: Até quando o professor de Educação Física será limitado ao desempenhar suas funções? Até quando deixará de se preocupar com uma formação diferenciada e próxima aos anseios dos alunos? Será que mesmo o estreitamento crescente do mercado de trabalho e as seleções cada vez mais rigorosas voltadas para a competência, não vão motivar atitudes inovadoras desses profissionais? Nascimento (2000) acrescenta que o mercado de trabalho passa por uma revolução, causada por diversos fatores e que resultam no crescimento do desemprego nas indústrias. Consequentemente surgem novas ocupações que exigem dos profissionais qualificações tecnológicas, bem como reciclagens e diversas aptidões que são mais valorizadas do que especialidades, por exemplo, a capacidade de adaptações, qualidade e