A urbanização no brasil
A industrialização-urbanização nos países desenvolvidos deu-se de forma tão heterogênea e desequilibrada como a que está ocorrendo nos países ditos subdesenvolvidos, entre eles, o Brasil.
Nos países desenvolvidos, a população está integrada na economia de mercado, enquanto nos subdesenvolvidos, boa parte da população ainda se encontra em uma economia cuja organização produtiva lhe provê apenas a subsistência imediata, ou seja, não produz excedentes agrícolas de vulto para a comercialização externa.
O processo migratório campo-cidade, nesses países, dá-se por pressões positivas, através de melhores empregos nas cidades, e negativas ou expulsadoras do campo, tanto por um crescimento vegetativo dessas populações como por alterações na tecnologia de produção agrícola e formas organizacionais da produção e da criação de tipos liberadores de mão-de-obra (como o gado, a soja e o arroz, hoje no Brasil).
Os migrantes, em virtude da pobreza, reproduzem nas cidades certos traços da economia rural de subsistência, como a produção caseira de alimentos (criação de galinhas, hortas de quintal, árvores frutíferas, etc.), ou extraem esses alimentos nas vizinhanças de propriedade pública, onde isso é possível (como a coleta de crustáceos nas regiões de mangues nas cidades litorâneas).
Na maioria das cidades, a oferta de empregos urbanos não se faz ao mesmo ritmo que a chegada dos migrantes, gerando os bairros de extrema miséria conhecidos por favelas, cortiços, etc.
As economias não desenvolvidas, dependendo basicamente da exportação de produtos primários e mesmo industriais, em alguns casos em conseqüência do comércio exterior, tornam-se altamente vulneráveis aos ciclos de progresso ou recessão das economias dos países já desenvolvidos para a definição do seu próprio ritmo de progresso.
No entanto, o desenvolvimento tem representado para os países que o conseguem uma crescente redução dessa dependência externa, através da constituição de mercados