A Universidade no Brasil
1 – A Universidade Medieval
O surgimento das universidades deu-se no século XI, no período medieval da história, sendo que o despontar destas pode ter ocorrido de três maneiras: pelo poder local, por meio das Igrejas ou por meio das migrações, tendo então sido criada primeiramente a universidade de Bolonha (Itália) e depois a de Paris (França).
As instituições universitárias medievais tinham como principais características: o caráter conservador e das polêmicas teológicas, influenciando de maneira consistente em sua estrutura. É importante ressaltar que as primeiras universidades foram às escolásticas que se baseavam na doutrina da fé e razão, sendo eclesiásticas, ou seja, criadas pelo papa, portanto seu corpo docente deveria ser da Igreja, ensinando teologia, grandes disciplinas científicas e filosóficas, gramática, dialética, música e geometria.
No sistema feudal, as universidades eram denominadas de studia generalia (instituto de excelência), todavia o direito de dar aulas ou conferir graus era dado através da figura do papa. Os professores e alunos disponham de privilégios, como: proteção contra prisão injusta, proteção contra extorsão em negócios financeiros, sendo estas universidades criadas para formar uma elite aristocrática.
Nessa época, a educação era confessional (vínculo religioso) e o saber era tido com um dom. Foram os reformistas (iluministas) que propuseram modificar o ensino vigente através da implantação de uma educação laica – proposta por Lutero, no qual a educação deveria ser de interesse da razão, do Estado e não dos interesses da fé.
Com a revolução industrial e o mundo sendo consumido pelo capitalismo, começaram a haver especializações que se adequassem à nova divisão do trabalho. Sob esse olhar, as universidades teriam que integrar ensino e pesquisa, com isso nasceu à universidade de Berlim (Alemanha).
2 – A Universidade de Berlim
Durante a Idade Média o ensino foi considerado uma propriedade exclusiva