a transferencia da corte portuguêsa para o Brasil.
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A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil Dom João VI: vítima da ação napoleônica ou subordinado aos interesses britânicos? Todo sete de setembro celebramos o dia em que o Brasil foi proclamado independente de Portugal. Assim, o marco de nossa soberania política fixou-se no momento em que o então príncipe-regente, Dom Pedro I, oficializou o fim da colonização às margens do rio Ipiranga. No entanto, como podemos imaginar que um brado à beira de um rio seja capaz de fazer uma nação soberana? Para entendermos melhor o nosso processo de independência, é de fundamental importância que nos desloquemos para outro contexto histórico: o estabelecimento da Era Napoleônica (1799 – 1815) no início do século XIX. Durante esse período, que encerra as turbulências vividas durante a Revolução Fracesa, Napoleão transformou-se em chefe supremo da nação francesa. Em sua gestão, Napoleão tinha como grande meta industrializar a economia francesa através de um agressivo plano que combinava pesados investimentos estatais e uma política internacional agressiva. Naquela época, a maior potência industrial era a Inglaterra. Com isso, Bonaparte procurou retaliar o monopólio mercadológico britânico nem que para isso tivesse que ameaçar a soberania das demais nações europeias. No ano de 1806, o governo napoleônico impôs o Bloqueio Continetal à Europa. Segundo esse decreto, a França exigiu que nenhuma nação europeia tivesse relações comerciais com a Inglaterra. Dessa maneira, o governo napoleônico ampliou seus mercados consumidores e, ao mesmo tempo, desestabilizou sua maior rival política, militar e econômica. O príncipe regente de Portugal, Dom João VI, não acatou a ordem francesa. Isso porque, ao longo do século XVIII, a economia portuguesa assinou uma série de tratados econômicos que aprofundou demasiadamente a dependência de Portugal para com a Inglaterra. Em reposta à intransigência portuguesa, Napoleão ameaçou invadir o território português. Pressionado por Napoleão, o governo