A trajetória histórica da política de saúde no brasil até a promulgação da constituição de 1988
Em um contexto anterior ao reconhecimento da saúde como uma demanda estatal, a saúde é tratada como uma filantropia. No entanto, com as mudanças sociais ocorridas no século XIX, através do desenvolvimento capitalista, algumas medidas quanto a saúde do trabalhador são realizadas como a vigilância do exercício profissional e a realização de campanhas limitadas. Posteriormente, no século XX, o setor saúde passa a ser pauta do movimento operário que surgia reflexo da exploração do capital sob a classe trabalhadora em um contexto de exportação cafeeira no Brasil.
Na década de 1920, como estratégia do Estado de ampliar dentro de uma crise política que já vinha sofrendo cria-se a Lei Elói Chaves que propunha as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPS) onde os trabalhadores contribuíam e a recebiam os “benefícios” tais como, assistência médica-curativa, medicamentos, aposentadoria, de acordo com o que contribuíam. Ou seja, ainda não era alcançado por todos, pois era necessário o vinculo empregatício.
No período da década de 1930-1940, as medidas tomadas quanto a saúde. A economia brasileira era pautada em um modelo agroexportador, que “necessitava” de um sistema de saúde voltada para o saneamento e erradicação e controle das doenças que pertencentes aquele processo de produção poderiam “atrapalhar” a exportação. A saúde neste período transitava entre medidas de cunho médico-assistencialista privatistas