A TRAJET RIA DA ASSIST NCIA SOCIAL COMO POL TICA DE MOTA
SEGURIDADE E A CONSOLIDAÇÃO DO SUAS
Luiza Mota
Assistente Social
A Questão Social e a Assistência Social
A trajetória sócio histórica da política de Assistência social como política
pública de proteção e direito social, não pode ser compreendida fora da concepção
de questão social, que está enraizada na contradição capital x trabalho que tem sua
especificidade definida no âmbito do modo capitalista de produção e de seu
processo de complexificação no Brasil, mais especificamente no período
contemporâneo.
Neste contexto contemporâneo, o empobrecimento, a precarização e a
vulnerabilização da população acirram a Questão Social, colocando a necessidade
de novas formas de enfrentamento, “inovando” através da refilantropização, do
incentivo ao voluntariado e a responsabilidade social, buscando o financiamento
para as políticas publicas na iniciativa privada, de modo a assegurar a produção e
reprodução do capital, mantendo a questão social dentro de limites controláveis.
Nas última duas décadas, este processo de complexificação da Questão
Social, significa o aprofundamento das desigualdades advindas de novos
mecanismos geradores de exclusão: a eliminação de postos de trabalho; aumento
do desemprego e das formas de trabalho precarizados; expansão do setor informal e
perverso empobrecimento da população, acompanhado ainda do desmonte dos
direitos sociais, metamorfoseando sua natureza de desigualdade para exclusão,
instituindo uma nova pobreza que vai além da privação econômica, atingindo a
classe média e setores antes considerados protegidos.
Dentro desta nova perspectiva o Estado tem que definir estratégias para
manter o atendimento, mesmo que deficitário, a uma gama de pessoas cada vez
maior, que se insere na “inutilidade” para novo padrão de acumulação/ valorização
do capital, mas que necessita ser mantida dentro de padrões mínimo de controle.
Pensar a