A teoria social de espaço e a teoria do espaço de fluxos
Resumo: “Espaço é a expressão da sociedade”. Espaço não é reflexo da sociedade, são as ações praticadas pela sociedade. A sociedade está em crescentes transformações as quais exercem influência no espaço, no ambiente herdado das estruturas socioespaciais anteriores. Em física, espaço é definido dentro da dinâmica da matéria. Na teoria social, é definido com referência às práticas sociais. Conforme as pessoas se envolvem em relações sociais dão ao espaço uma forma, uma função e um sentido social. “Espaço é o suporte material de práticas sociais de tempo compartilhado” (práticas simultâneas no tempo). Porém o conceito básico de suporte material de práticas simultâneas do conceito da noção de contiguidade, para justificar a possível existência de suportes materiais de simultaneidade que não dependam de contiguidade física, uma vez que é isso o que acontece com as práticas sociais predominantes na era da informação.
Fluxos é a expressão dos processos que dominam nossa vida econômica, política e simbólica. O espaço de fluxos é uma forma espacial características das práticas sociais que dominam e moldam a sociedade em rede. Fluxos são as sequências intencionais, repetitivas e programáveis. As práticas sociais dominantes são aquelas que estão embutidas nas estruturas sociais dominantes. Estruturas sociais dominantes desempenham o papel estratégico na formulação das práticas sociais e da consciência social para a sociedade em geral.
Descrevendo o espaço de fluxo em três camadas: primeira camada, o primeiro suporte material do espaço de fluxos, é realmente constituída por um circuito de impulsos eletrônicos, é uma forma espacial do mesmo modo que poderia ser “a cidade” ou “a região” na organização da sociedade mercantil ou da sociedade industrial. A infraestrutura tecnológica que constrói a rede define o novo espaço como as ferrovias definiam as “regiões econômicas” e os “mercados nacionais” na economia industrial. A