A TEORIA DO LABELLING APPROACH
Controle Social.
Neste capítulo, passa-se a tratar do paradigma da reação social, este que transcendeu o paradigma etiológico[1], o qual estudava as causas e os fatores da criminalidade.
Já no passo seguinte, buscar-se-á abordar a teoria do labbelling approach mostrando seus pressupostos, característica e de que forma a mesma surgiu no âmbito da nova criminologia.
Na seqüência, abordar-se-á acerca do processo de etiquetamento da conduta e a participação de alguns mecanismos que atuam ativamente para a concretização deste rótulo destinado a alguns grupos e indivíduos. Por fim, neste primeiro capítulo tratar-se-á sobre o caráter constitutivo do controle social, demonstrando como se dá este processo e de que forma as instâncias de controle do poder participam do mesmo.
2.1. Breves Considerações acerca do Paradigma da Reação Social
Em decorrência das mudanças sócio-criminais que sofreu a esfera penal, surge na década de 60 um novo paradigma contemporâneo de criminologia, o qual passa a ter outro enfoque, onde desta vez o objeto de análise é o sistema penal e o fenômeno de controle, e que se propõe a analisar em que situações um indivíduo pode ser considerado um desviante, onde se afasta os pressupostos do paradigma etiológico, e analisa-se através do paradigma da reação social, fundamentado no modelo sistêmico, a partir da compreensão do todo,ou seja, do meio sócio-economico-cultural em que o indivíduo está inserido.
Ademais, necessita-se iniciar a partir do estudo do paradigma da reação social em vez do paradigma etiológico, tendo em vista que acreditase no deslocamento da crítica da prisão à crítica do sistema penal, considerando globalmente as mudanças sofridas em toda a sociedade.
(ANDRADE, 2003, p. 184; BENEDETTI, 2006, p. 491-492).
Modelado
pelo interacionismo simbólico[2] e a etnometodologia[3] como esquema explicativo da conduta humana (o
construtivismo