A Suméria (na Bíblia, Sinar; do acádio Šumeru; em sumério: 𒆠𒂗𒂠, ki-en-ĝir15, algo como "terra de reis civilizados" ou "terra nativa"nota 1 ) foi uma antiga civilização e o nome dado à região histórica habitada por essa civilização, no sul da Mesopotâmia, atual sul do Iraque e Kuwait, durante a Idade do Cobre (ou Calcolítico) e a Idade do Bronze inicial. Embora os primeiros registros escritos da região não remontem a mais que cerca de 3500 a.C., os historiadores modernos sugerem que a Suméria teria sido colonizada permanentemente entre por volta de 5500 e 4000 a.C. por um povo não-semita que pode ou não ter falado o idioma sumério (utilizando como evidência para isto os nomes das cidades, rios e ocupações básicas).1 2 3 4 Estes povos pré-históricos sobre o qual se conjecturou são chamados atualmente de "proto-eufrateanos" ou "ubaidas",5 e, segundo algumas teorias, teriam evoluído a partir da cultura Samarra, do norte da Mesopotâmia (Assíria).6 7 8 9 Os ubaidas foram a primeira força civilizatória na Suméria, drenando os pântanos para praticar a agricultura, desenvolvendo o comércio e estabelecendo indústrias, entre elas a tecelagem, o trabalho do couro e dos metais, a alvenaria e a cerâmica.5 Alguns estudiosos, no entanto, como Piotr Michalowski, professor de Línguas e Civilizações Antigas do Oriente Médio da Universidade do Michigan, e o acadêmico alemão Gerd Steiner, contestam a ideia de um idioma proto-eufrateano ou de uma língua de substrato. Tanto eles quanto outros sugeriram que a língua suméria era o idioma falado originalmente pelos povos caçadores e pescadores que viviam nos pântanos e na região costeira da Arábia Oriental, e pertenciam à cultura bifacial árabe.10 Os registros históricos confiáveis aparecem apenas muito mais tarde; nenhum deles foi datado antes do período de Enmebaragesi (c. século XXVI a.C.). O arqueólogo americano de origem letã Juris Zariņš acredita que os sumérios seriam um povo que habitava o litoral oriental da Península Arábica,