a sociedade e a desigualdade
Fonte: http://vilamulher.terra.com.br/a-mulher-e-a-desigualdade-no-mercado-de-trabalho-5-1-37-103.html
A questão da desigualdade tem sido abordada pelos filósofos contratuais e os fundadores da sociologia. Plasmada na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, primeira versão dos direitos humanos universais, a igualdade, junto ao direito à vida, à segurança e á propriedade configurava-se como direito universal fundamental. Com o surgimento do Estado-liberal, seres humanos diferentes do ponto de vista das suas aptidões e separados dos seus vínculos estamentais deviam se igualar, não só para serem mão-de-obra livre, senão também para ter acesso aos mesmos direitos e as mesmas oportunidades. Desigualdades, portanto, significa injustiça pela impossibilidade de acesso aos bens, aos direitos e oportunidades. Se Marx associava sociedade civil à sociedade de classes ao predomínio do homem burguês e egoísta, considerando a desigualdade inerente à sociedade capitalista, Alexis de Tocqueville, numa visão diferente, tinha detectado a igualdade como uma tendência das sociedades modernas e advertia para os perigos do despotismo das maiorias. No entanto, Durkheim descrevia a complexidade social da época a partir do aumento da densidade das relações sociais e da divisão do trabalho, destacando continuidade e mudança na solidariedade social. A “utopia” da solidariedade é contida na idéia de reciprocidade de Karl Polany (1975), apesar de que o “moinho satânico” do mercado destrua as formas sociais anteriores, anunciando a atual desigualdade.
Max Weber estuda a intersecção das diferentes esferas sociais, como o mercado, a política e a cultura, que se entrelaçam criando posições de status desiguais.
Assim, a questão da igualdade tem aparecido na teoria sociológica seja como utopia de um passado que já se foi, como projeto de uma sociedade futura ou atrelada a uma perspectiva analítica histórica.
As contradições entre