A sociedade colonial do vale do guaporé
A região guaporeana abrigou no século xviii uma sociedade que não diferia em muitos aspectos da sociedade mineradora do sudeste brasileiro. Um aspecto chama atenção, era a vocação para se tornar abrigo de indesejáveis e proscritos (condenados, falsários e prostitutas). Essa sociedade era tripolar, ou seja, dividia-se em três camadas sociais que eram a elite branca formada por grandes mineradores comerciantes. Autoridades portuguesas e proprietários de terra; o grupo médio formado por pequenos e médios comerciantes funcionários públicos , religiosos ,e profissionais liberais ( professores , advogados , e médicos ) ; grupo abaixo : formado por trabalhadores escravos livres. A sociedade guaporeana era dominada pela minoria branca, possuidoras de cargo, títulos ou propriedades de minas e escravos. Na base estava a imensa maioria negra ou de mestiçagem escura , que trabalhava nas minas , agricultura de subsistência e nas rotas de abastecimentos do Guaporé .Era grande a influencia da igreja católica na religião , apesar de somente questionar a utilização do escravo índio ., nada fazendo pelos escravos negros e seus descendentes. O vale do Guaporé abrigou no período colonial uma sociedade mercantilista e escravocata , em que a maior distinção social era a condição de livre ou escravo . Essa situação causava tornando grandes tensões na capitania de mato grosso e Cuiabá tornando quase sempre eminente o confronto entre dominado e dominadores. O escravo regia de diversas formas a sua situação de cativo, principalmente com a fuga, a formação de quilombos, o suicídio, o ataque aos senhores e a as rebeliões. Do outro, lado da elite branca, possuidora de armas reagia com punições e até com a morte dos rebelados, tentando dessa forma intimidar novos motins.
Essa sociedade era patriarcal, possuindo mando masculino, com as demais sociedades do período colonial. Apresentava caráter urbano, principalmente em