A sensopercepção e suas alterações
Dalgalarrondo define sensação como o fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originados fora ou dentro do organismo, que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os e a percepção como a tomada de consciência, pelo individuo, do estimulo sensorial. A sensação seria ativa e a percepção passiva, segundo o autor. Ele afirma ainda, que a percepção é mais do que o resultado simples e passivo do conjunto de estímulos e sensações, é o processo ativo, criativo e pessoal de experiências que partem de estímulos sensoriais, mas são criados na mente de quem percebe algo.
O autor classifica a imagem segundo algumas qualidades: nitidez, corporeidade, estabilidade, extrojeção, ininfluenciabilidade voluntaria e completude. Ele ressalta a importância de se diferenciar a imagem real da representativa, pois ao contrário da imagem receptiva real, a representativa se caracteriza por ser apenas uma revivescência de uma imagem sensorial determinada, sem que esteja presente o objeto original que o produziu. Quanto à representação, o autor pontua algumas características: pouca nitidez, pouca corporeidade, instabilidade, introjeção e incompletude e afirma que há alguns subtipos: imagem eidética e pareidolias.
A imaginação é definida pelo autor como uma atividade psíquica, geralmente voluntária que consiste na evocação de imagens percebidas no passado ou na criação de novas imagens e a fantasia como uma produção imaginativa minimamente organizada da imaginação.
Sobre as alterações da sensopercepção, Dalgallaronga afirma que as alucinações, as ilusões visuais e outros fenômenos desse tipo têm intrigado os estúdios há séculos e classifica essas alterações segundo o caráter quantitativo e qualitativo delas. Nas alterações quantitativas, as imagens têm intensidade anormal, para mais ou para menos, configurando hiperestesias, hiperpatias, hipoestesias, anestesias,