A semana da arte moderna
Um pouco de História
As primeiras décadas do século XX – o país a caminho da modernidade
A introdução de nosso país na modernidade possui íntima ligação com o vertiginoso crescimento industrial de São Paulo, que se deu a partir do inicio do século XX.
A chegada de um número cada vez maior de imigrantes, especialmente italianos, gerando mão de obra barata, e a necessidade de suprir a carência de produtos antes importados da Europa (uma decorrência da Primeira Guerra Mundial) conjugaram-se para imprimir um ritmo acelerado ao processo de urbanização e industrialização de São Paulo. A cidade torna-se, assim, símbolo de trabalho, de progresso, de modernização.
Configura-se o “status” de uma nova burguesia, que se adensa com subsídios provenientes da aristocracia rural cafeeira e também com a ascensão das camadas de imigrantes bem-sucedidos, enriquecidos, provocando uma fusão das elites dominantes.
As frações dessas elites mais comprometidas com o crescimento industrial incorporavam os anseios de renovação e de revitalização cultural do país, que se manifestavam por meio dos jovens inquietos e intelectualizados, que chegavam da Europa trazendo ideias e propostas das vanguardas para os mais diversos campos artísticos.
Oswald de Andrade, de personalidade anarquista e irreverente, tornou-se personagem simbólico desse processo, enquanto Mário de Andrade simboliza uma liderança mais austera e consequente.
Semana de Arte Moderna: preparação, realização e repercussão
A preparação, a realização e a repercussão da Semana de 1922, ano do Centenário da Independência e da criação do Partido Comunista Brasileiro, marcam a entrada do Modernismo artístico e literário em nosso país no bojo de um momento histórico dos mais controvertidos e dos mais ricos que já tivemos.
Os anos precursores
A enumeração de alguns eventos que direta ou indiretamente motivaram a realização da Semana, congregando os jovens artistas modernistas, constitui uma informação