A Revolução Francesa do século XVIII

A Revolução Francesa do século XVIII
Paulo Miceli

Uma espécie de marco fundamental da sociedade capitalista.
A Revolução Francesa é considerada “o modelo clássico de revolução democrático-burguesa”
Modelo: pode servir de exemplo ou mesmo matriz para outros movimentos revolucionários.
Clássico: resistiu à deterioração que normalmente atinge os acontecimentos históricos.
Democrático: suas palavras de ordem (liberdade, igualdade, fraternidade) tencionavam assegurar princípios de respeito aos direitos de cada um.
Burguesa: sua reprodução imaginária ajuda a deter propostas de mudanças efetivas.
Deve perdurar intocável, auxiliando a preservar os valores de liberdade, igualdade e fraternidade – sempre de acordo com o conceito burguês dessas palavras, o que também impede que elas corram o risco de virar realidade.
Os revolucionários se julgavam privilegiados fazedores de história.
Era exatamente o depois (a aurora da felicidade universal) que parecia alimentar o ideário dos revolucionários mais destacados.
Iluminismo: a ciência podia tudo e a razão se encarregaria de fornecer a linguagem para que o mundo fosse compreendido.
Igualdade civil, igualdade política... E quanto à igualdade social promovida pela extinção dos privilégios?
Capitalismo: os indivíduos devem moldar-se, corpo e alma, ao aparato técnico.
Antigo Regime: um sistema de decadência
Durante o reinado de Luís XIV (1643-1715), o absolutismo francês atingiu o seu ponto máximo.
O rei, por direito divino, era a fonte da justiça, da legislação e da autoridade administrativa.
Essas atribuições foram escapando do controle direto da monarquia, sendo atribuída a instâncias intermediárias.
Um capitalismo “agrário” vinha sendo introduzido na França
Resistências que os poderes locais opunham às medidas de centralização e unificação administrativa.
O poder mais efetivo era exercido pelos intendentes de justiça, de polícia e de finanças.
Escolhidos entre os membros da alta burguesia.
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