A revolução dos bichos
Lutar para elevar o nível de ensino das escolas brasileiras, em especial das escolas públicas, é lutar pelo desenvolvimento do País, lutar pela desigualdade social. A diferença educacional do pobre e do rico só faz aumentar a concentração de renda. Não há ascensão social sem educação de qualidade, não existindo a possibilidade de empregos bem remunerados.
Quanto à economia, nosso decadente ensino nega os recursos humanos necessitados pelas empresas em mão-de-obra qualificada. A produtividade fica inibida diante do fraco treinamento dos professores para encarar tecnologias mais avançadas no campo da produtividade. O baixo nível de escolaridade interfere, também, na competitividade internacional, quando países como o Brasil disputam a mesma parcela do mercado globalizado.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um indicador que passou a ser usado pela Organização das Nações Unidas (ONU) a partir dos anos 90. Pelo IDH, divulgado em 2011, o Brasil ocupa a 84° posição entre 187 países avaliados pelo índice. O índice de IDH do Brasil em 2011 é de 0,718, que fica muito atrás de Chile com 0,805 e Argentina com 0,797 que são os dois melhores classificados da América latina na escala que vai de 0 a 1.
A queda brasileira no ranking deu-se pela piora nos dados de educação, principalmente pelo percentual de analfabetos entre pessoas com mais de 15 anos. A posição brasileira no ranking mundial mostra um retrocesso lamentável na educação.
O IDH mostra que a riqueza do País continua concentrada nas mãos de uma minoria da população. Mostra, no Índice, quantas vezes a renda dos 10% mais ricos no País é maior do que a dos 10% mais pobres, e o Brasil atinge 85 vezes. Vemos, então, como somos um País desigual e quanto devemos batalhar por uma educação de qualidade para as classes menos favorecidas.
O grande caminho para enfrentar a marginalidade educacional, social e econômica é assistir melhor à escola. Investir mais no ensino, melhorar e