Conhecimento teológico
A palavra "Teologia" é de origem grega; vem de "Theos", que significa Deus, e "logos", tratado, discurso, significando por derivação conhecimento comparado de Deus, ou ciência que nos ensina sobre Deus; compreende também a relação que há entre Ele e suas criaturas. Este termo é uso antigo e pode-se lhe atribuir origem pagã. A Teologia, segundo Platão e Aristóteles, é a doutrina da deidade e das coisas divinas. Há muitas verdades que estão além do alcance da simples razão humana e tem-se afirmado que os atos teológicos adentram nessa categoria. Isto é certo, porém, só até onde se possa aplicar a mesma classificação a outras verdades, à parte as teológicas, na acepção limitada da expressão, porque toda verdade, sendo eterna, é superior à razão, no sentido de que se manifesta à razão, mas não é um produto dela. Não obstante, as verdades devem ser analisadas e comparadas pelo exercício do raciocínio.
As posições dos teólogos são fundamentais para interpretar e explicar os textos considerados sagrados. A finalidade do teólogo é, também, provar a existência de Deus e que os textos sagrados foram escritos mediante inspiração divina, devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis, ou seja, como dogmas. Contudo, a fé não é cega pois baseia-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que lhes dão sustentação.
Alguns exemplos de conhecimento teológico são as Escrituras Sagradas, tais como a Bíblia, o Alcorão, a Sagrada Tradição, que reúne decisões de Concílios e Sínodos, as Encíclicas Papais, etc. Também podem ser incluídos como conhecimento teológico os ensinamentos de grandes teólogos e mestres da Igreja.
3. JOÂO CALVINO
Calvino (João), um dos principais líderes da Reforma (Noyon, Picardia, 1509 - Genebra, 1564). Dotado de grande inteligência, além de ter sido excelente orador e autor de muitos livros e de vasta correspondência, tinha também excepcional capacidade de organização