A revolução da eletricidade
Vivemos em um mundo iluminado, se não pelas idéias, pelo menos pela luz elétrica. A eletricidade é parte integrante do nosso cotidiano como constatamos em faltas de energia, com as casas às escuras: o que fazer sem "luz"? Essa integração tem pouco mais de um século. Ao longo do século 19, a ciência passou da pilha voltaica de Alessandro Volta, em 1800, à eletrificação de Paris, a cidade-luz, em 1900. Essa foi a base para a segunda revolução industrial que o século 20 experimentou. A utilização da eletricidade em larga escala transformou a sociedade no que hoje conhecemos: uma sociedade elétrica.
Os primeiros registros de fenômenos elétricos e magnéticos vem dos gregos, do século 6 a.C. Thales de Mileto atribuiu uma "alma" às misteriosas pedras negras que atraíam objetos de ferro e que passaram a ser chamadas de magnetitas, por serem originárias da Magnésia, região hoje na Turquia. A palavra alma veio dar origem à ímã e as pedras escuras eram um minério de ferro conhecido como magnetita.
A palavra magnetismo tem origem no nome da região onde a magnetita, um óxido de ferro, teve sua descoberta registrada: a Magnésia, que era na Grécia e hoje pertence à Turquia. O poder de atrair objetos de ferro era atribuído à uma alma que essas pedras teriam, palavra que deu origem a ímã.
Thales também observou que alguns materiais esfregados entre si passavam a se atrair também - adquiriam "alma". Após esfregar uma pedra de âmbar com pele de gato, por exemplo, a pedra adquiria o poder de atrair pequenos pedaços de palha ou grãos. O âmbar é o nome de uma resina amarelada de árvores pré-históricas e que aparece no início do filme "Jurassic Park", aprisionando um mosquito. Thales apelidou esses fenômenos de elétricos, pois esse era o nome da resina em grego - "elektron".
O âmbar é uma resina fossilizada de coníferas pré-históricas que ficou famoso com o filme "Jurassic Park", onde aparece aprisionando o mosquito que irá dar origem à