A Revolução americana
Na Guerra dos Sete Anos, os colonos americanos sentiram-se agradecidos pela protecção que a metrópole lhes concedia contra os vizinhos das colónias francesas.
Para os colonos ingleses da América do Norte abria-se um grande campo de expansão para oeste, desembaraços agora da concorrência francesa. Uma proclamação real reservava aos índios o território a oeste. A Inglaterra, em dificuldades financeiras pelo esforço de guerra suportado, decidiu pedir aos colonos da América um contributo para refazer o tesouro público. Tal contributo saldou-se num conjunto de taxas aduaneiras, votadas pelo Parlamento britânico. Iriam onerar as importações coloniais de melaço, papel, vidro, chumbo e chá. Em simultâneo, decretou-se um imposto de selo sobre os documentos legais e as publicações periódicas.
As autoridades britânicas quiseram levar até às últimas consequências a teoria mercantilista do exclusivo comercial: determinaram que as mercadorias da América do Norte só poderiam ser exportadas para a Inglaterra ou para outras colónias inglesas. Foram sentidas como um ultraje, estas medidas, pelos colonos americanos que tinham tomado consciência da importância estratégica e económica dos seus territórios.
Os americanos lamentavam que, na sua qualidade de cidadãos britânicos, não estivessem representados naquela assembleia. A resposta surgiu: ‘’Sem representação não há imposição’’. Esta foi a conclusão de um congresso reunido em Nova Iorque, em 1765, o Stamp Act Congress que contou com a presença de delegados de nove das colónias americanas. Aos cidadãos ingleses residentes ou não na Inglaterra, não se poderia impor nenhuma contribuição que não tivesse sido aprovada pelos seus representantes.
Entendendo por bem recuar, o Governo de Londres revogou as taxas, em 1770, à excepção das que incidiam sobre o chá. Para piorar a situação, a concessão do monopólio da venda do chá à Companhia das índias privava os comerciantes americanos dos lucros do transporte e da