A revolta dos muckers

A revolta dos Muckers aconteceu na região de Sapiranga, Rio Grande do Sul, que se chamava Padre Eterno na época, e ficava próximo a Porto Alegre e São Leopoldo, onde já havia imigrantes alemães desde 1824. Esses imigrantes passavam por um período difícil nesta época, estavam um pouco inconformados com a falta de importância por parte do governo com a educação e principalmente saúde, fato que acabava levando os colonos a recorrerem ao curandeiro João Jorge Maurer quando alguém adoecia. A mulher de João, Jacobina Mentz Maurer era líder espiritual, pregadora e como não havia padres na região era ela quem fazia leituras bíblicas nos arredores, e os colonos da região se encontravam na residência do casal toda semana, e cada encontro ia aumentando o numero de pessoas. Para os que decidiam se converter a esta nova religião eram impostas regras como a de não beber e não fumar. Os seguidores do movimento começavam a criar vários conflitos e até assassinar os contrários a eles, inclusive um tio de João.

Sem respostas e apenas com promessas do império e não tendo suas condições de vida melhoradas, esses imigrantes liderados por João e Jacobina Mentz Maurer deram inicio ao movimento dos Muckers, e começaram a mudar um pouco a vida na região. Os seguidores do casal até tiraram os filhos da escola convencional que lá existia e a situação só piorava entre os Muckers e o resto dos moradores do local. As autoridades policias, então tentaram tomar providências e em 23 de Junho de 1874 atacaram a residência do casal Maurer sob a liderança do coronel Genuíno Olímpio de Sampaio. Eram cerca de 400 soldados que mesmo estando em maioria, acabaram tendo 39 mortes, enquanto os Muckers que acreditavam que Jacobina era imortal e lutaram bravamente tiveram menos de 10. Em 19 de Julho, após receber reforço em sua tropa, o coronel decide fazer uma nova investida contra os Muckers, desta vez matando cerca de 20 pessoas e prendendo 40, porém Jacobina conseguiu saiu ilesa e fugiu. O