A representação da mulher pobre na telenovela brasileira
Faculdade de Educação da baixada Fluminense
Curso de Pedagogia
Julia Ramalho Leite da Silva
Poliana das Chagas M. Medeiros
A representação da mulher pobre na telenovela brasileira: uma produção de estereótipos
Duque de Caxias
2013
Este trabalho tem como objetivo dissertar sobre o papel da telenovela, no Brasil como um veículo midiático capaz de reproduzir estereótipos preconceituosos. Um dos sujeitos sociais mais prejudicados por esta produção é a mulher pobre. Há uma produção contínua de aspectos etnocêntricos sobre a mulher em situação de pobreza. Há muitos anos no Brasil mantém-se a imagem de uma só mulher pobre com aspectos totalmente iguais em todos os seus estágios como ser. Aspectos estes como vestuário, financeiro, emocional, social e cultural. Em um Brasil, onde há 8,219 mulheres em situação de extrema pobreza (FOLHA DE S. PAULO 04/12/2013) é um equívoco representá-las todas como só uma.
As telenovelas estão longe de ser apenas uma forma de entretenimento, mas, são utilizadas também para o lançamento de produtos, a reprodução de comportamentos e a alienação do povo. Os assuntos debatidos nas novelas influenciam e tomam conta de boa parte dos ambientes que o brasileiro frequenta.
A influência da novela interfere no modo como a mulher veste-se, como se comporta, como se define diante dos outros e até com quem vai relacionar-se. As idolatradas “mocinhas” constroem rapidamente processos de identificação nas outras mulheres que desejam ser como elas em todos os aspectos.
Já faz muitos anos que a mulher pobre é a mesma em todas as novelas. Uma simples reprodução de uma história muito conhecida por nós, À gata borralheira de Walt Disney que precisa de um príncipe rico para transformá-la em uma princesa rica e feliz.
A reprodução comportamental também é cheia de vãs repetições. A mulher pobre geralmente é a mocinha de bom coração que precisa apenas de um homem rico