A relíquia
Teodorico viveu com a sua tia e os seus amigos durante muitos anos sem nunca gostar muito da casa onde vivia e da companhia que tinha. Aspirava um dia ir viver para um lugar exótico -por exemplo Paris. Contudo sua tia não estava muito de acordo …. e os seus amigos partilhavam da mesma ideia. Por isso sugeriram a Palestina.
Teodorico ficou assustadíssimo! Palestina! E então o champanhe e os divertimentos….
Mas se queria ver a sua tia feliz e herdar a fortuna tinha que lhe fazer a vontade. Começou a mentalizar-se que iria mesmo para a PALESTINA. Ao pensar nesse destino veio-lhe à memoria uma outra palavra: Relíquia. Relíquia podia ser algo que pertenceu a uma pessoa Santa, um pedaço da sua roupa, do seu cabelo, ou algum objeto sagrado.
Ora Teodorico percebeu rapidamente como uma Relíquia podia ser tão do agrado de sua tia e fazer com que ele se tornasse o seu herdeiro. Exclamou num grito: “é para a Palestina que vou e de lá vou trazer uma relíquia!”.
A viagem demorou uma eternidade mas quando lá chegou teve tempo para visitar muitos lugares e monumentos sagrados.
Um dia meio Acordado meio a dormir viu uma coisa muito estranha: “uma figura alta, escura e esguia, com uma camisa fina como tule”. A figura disse “ SOU A NOITE”.
Continuou pela Palestina durante uns tempos até que chegou o dia de voltar para Lisboa. Mas Teodorico não tinha nenhuma Relíquia. Mas manhoso como um raposo, tal como o seu apelido diz, logo pensou em inventar uma relíquia com algo que não era. Cortou uns raminhos de um arbusto, mais um pedacinho do pano de uma camisa de noite e inventou que o arbusto era da coroa de espinhos de Cristo e o pedacinho de pano era da toalha usada na última Ceia. Tinha o problema resolvido! E só pensava na