Reliquia de Mântua
Segundo o catolicismo, o centurião romano Longino, reconheceu Jesus como filho de Deus, após seu crucificamento. Perfurou seu corpo com uma lança para ter certeza de sua morte, e o sangue que jorrou, o curou de uma doença nos olhos. Arrependido, apanhou um pouco do sangue que havia caído na terra e abandonou o exército romano. Longino tornou-se monge, e foi perseguido. Antes de ser decapitado, escondeu a relíquia – o cálice com o suposto sangue de Cristo, em Mantova.
Alberti abandona nesta obra, a tradição das igrejas com corredores laterais, por uma só nave abobadada com capelas laterais (fig. 2). O amplo espaço aberto, inovador para a época pode ser facilmente explicado por tratar-se de uma igreja projetada para as multidões.
Figura - Planta Baixa Sant' Andrea A fachada (fig. 3) – outro exemplo de uma verdadeira igreja da Renascença – encara uma pequena Piazza (praça) e baseia-se no tema de um arco do triunfo romano, este mesmo tema também é levado para as elevações do interior da nave. Há ainda, o experimento de diferentes tipologias (figuras 4, e 5), no caso quatro colunas de ordem colossal com capitéis coríntios suportam o entablamento e um frontão. O arco que aparece no meio da fachada, é sustentado visualmente, por duas colunas menores. O uso de Alberti da Ordem colossal era também uma novidade para o Renascimento, e uma de suas primeiras tentativas de uso.
Figura , Detalhes da fachada
Figura
Figura – os prováveis inspiradores da fachada de Sant’ Andrea: O arco de Tito, e o clássico Frontão.
O problema era como coordenar a fachada, com a altura da abóbada da nave por trás dela (fig 6). Alberti não fez nenhuma tentativa de comprometer os dois elementos dispares na frente,