A Religião do Antigo Egipto
À medida que o país se foi unificando também o culto dos deuses foi ganhando alguma coesão. Assim, quando um nomo estendia o seu domínio a outros, a fama do seu deus ou deuses sobrepunha-se também no território conquistado.
Existem três obras clássicas que contêm documentação sobre a matéria, são eles o Livro das Pirâmides, o Livro dos Sarcófagos e o Livro dos Mortos.
O Livro das Pirâmides é uma compilação das gravuras sobre os muros dos corredores e das câmaras sepulcrais das pequenas pirâmides de Sakara, que compreende textos litúrgicos e fórmulas relativas ao destino do rei no outro mundo.
Alguns textos aí recolhidos têm uma origem remota. Assim, a primeira recensão é a da pirâmide de Unas, que foi o último rei da V Dinastia.
O Livro dos Sarcófagos, do Império Médio, é uma recolha de textos, escritos em caracteres hieroglíficos cursivos no interior dos sarcófagos de madeira, da época. O objectivo destas fórmulas mágicas era dar resposta às necessidades do defunto no outro mundo e afastá-lo dos perigos.
O Livro dos Mortos surgiu no Império Novo. Foi então que se reuniram textos funerários em rolos de papiro que se encerravam nas múmias. Alguns exemplares do Livro dos Mortos são iluminados com vinhetas muito expressivas.
Desde há muito que se fizeram versões destas fontes da religião egípcia em diversas línguas.
Na religião egípcia, o elemento que lhe dá alguma coesão e melhor a caracteriza não é a crença, nem mesmo a moral, mas sim, o culto. O fundamental na religião