Períodos e cronologia
As duas faces da Paleta de Narmer (reprodução exposta no Royal Ontario Museum, Canadá).
Em tempos recuados o Egipto foi uma savana. Quando se inicia o Neolítico, por volta de 6000 a.C., o território já tinha adquirido as características áridas que o caracterizam actualmente. As principais culturais do Neolítico no Egipto estão documentadas no Faium e em El-Omari (norte) e em Tasa e Mostagueda (sul).
O período pré-dinástico (período anterior às dinastias históricas) vê nascer no Alto Egipto três culturas: a badariense, a amratiense e gerzeense. Esta última civilização acabará por se estender a todo o Egipto. Nesta época produzem-se instrumentos de cobre e pedra, assim como uma cerâmica vermelha decorada com motivos geométricos e animais estilizados.
Teria sido Narmer, um rei do Alto Egipto, quem unificou as duas regiões por volta de 3100 a.C. Uma placa de xisto, conhecida como a Paleta de Narmer, comemora este evento. Um dos lados desta placa mostra Narmer usando a coroa do Alto Egipto (a coroa branca), enquanto que o outro lado mostra-o com a coroa do Baixo Egipto (a coroa vermelha) num cortejo triunfal. Narmer é identificado por alguns egiptólogos com Menés, nome pelo qual é designado o primeiro rei do Egipto na lista de Maneton.
Época Tinita
A Época Tinita corresponde às duas primeiras dinastias egípcias. De acordo com a informação transmitida por Maneton, o Papiro Real de Turim e a Lista Real de Abido o primeiro rei do Egipto unificado foi Menés, que alguns egiptólogos identificam com Narmer e outros com Aha.
Estela do rei Djet, I dinastia.
Segundo Maneton estas dinastias tiveram como capital a cidade de Tis, cuja localização é até hoje desconhecida, embora se saiba que estaria no Alto Egipto. Porém, como revela a investigação, a capital do Egipto teria sido movida a certa altura para Mênfis.
Durante a I dinastia assistiu-se ao desenvolvimento da escrita hieroglífica. Os soberanos da Época Tinita dinastias lançaram as bases para a