A religi o traduz a abertura do ser humano
O ser humano procura transcender-se, abrindo-se a algo que o reconforta e protege.
Mas, o que é a religião?
A palavra religião deriva dos étimos latinos religare e relegere. Religare significa ligação, união; relegere significa respeitar, prestar culto.
Conjunto de relações que unem o Homem a Deus.
Traduz um sentimento ou sentido de absoluta dependência.
Um fenómeno universal.
Esta ligação do homem com o divino, expressa em todas as religiões, pressupõe uma distinção entre dois domínios, a saber:
O profano
Que diz respeito ao que está sujeito ao tempo e pode ser aprendido pelo conhecimento humano;
É aquilo que é humano, material, terrestre, efémero, imanente, natural.
O sagrado
Que é intemporal e inacessível ao conhecimento humano;
É aquilo que é divino, espiritual, celeste, eterno, transcendente e sobrenatural.
A religião dá-nos:
Uma orientação e uma direcção: Ao estabelecer normas, valores e ideais para o agir, levando a distinguir o que é bom e justo daquilo que é mau e injusto indicando assim um caminho para o ser humano.
Um significado e um valor: Ao perspectivar a vida como um dom divino, marcada pela confiança, pela esperança nesse mesmo ser divino. Uma razão de ser e uma finalidade: Ao proporcionar não só uma explicação para a origem do mundo e da vida, mas também um horizonte, uma realidade e um fim últimos, uma vida futura para a existência de cada pessoa ou seja, a promessa de salvação.
Kierkgard e Marx.
Kierkegaard considera haver três estádios ou formas possíveis de existência:
O estádio estético Esfera em que o indivíduo procura o prazer imediato;
O estádio ético Esfera na qual o indivíduo procura cumprir o dever e viver de acordo com a lei;
O estádio religioso Forma de vida mais elevada, colocando o ser humano em contacto com O Eterno, com Deus.
Assim, a religião é a via da salvação, a única via que permite conferir sentido à vida humana.