A relação entre mãe e filho
Mãe e feto estão em constante interação na gravidez, compartilhando sentimentos e sensações através da descarga neuro-hormonal de substâncias fisiológicas que tais emoções provocam na mãe. O bebê intrauterino guarda, em nível de memória, todas as experiências biológicas vividas no período de gestação. Existem inúmeros estudos que comprovam que estas vivências interferem diretamente no desenvolvimento psíquico da criança. É observado que a disponibilidade afetiva da mãe é fundamental para que ocorra o desenvolvimento psicoafetivo do indivíduo (Wilheim, 2006, p. 59).
O vínculo afetivo entre mãe e bebê pode ser estabelecido de diversas formas durante o período pré-natal, como por exemplo: conversas com o bebê em que é possível contar experiências do dia a dia vivenciadas pela mãe, além de cantarolar canções de ninar, com as quais ele irá se identificar também após seu nascimento. As conversas tranquilizadoras que a mãe pode ter com o seu bebê visam restituir a ele a sensação de segurança, otimismo, e esperança, reforçando e reassegurando a permanência do vínculo de vida entre ambos. É importante ressaltar que momentos estressores e de perturbação emocional causados pelo diagnóstico da diabetes mellitus podem fazer parte da vida da gestante repercutindo negativamente no psiquismo do bebê.
O acompanhamento psicológico pré-natal caracteriza-se por ser de seguimento psicoterápico na modalidade de psicoterapia breve, que visa oferecer apoio contínuo à gestante (Fiorini, 2004). Possui como objetivo: auxiliar no enfrentamento e na resolução de dificuldades/conflitos, bem como