KENNETH FRAMPTON: Rappel à L'ordre, argumentos em favor da Tectônica.
Para Kenneth Frampton a princípio de tudo construir é um ato tectônico e não simplesmente uma atividade ligada a imagem de forma cenográfica, ligando-se à poética da estrutura e sua função. Seus conceitos vão de encontro ao ideário pós-moderno de galpão decorado e as derivações dentro do contexto da mercantilização do espaço. Ele busca a essência da tectônica, mítica, sem estilo próprio. Frampton inicia o texto discursando em oposição ao consumo de massa e a degeneralização da cultura que servem como base para seu discurso sobre a essência e fundamento da arquitetura, contrário ao galpão decorado e a favor da expressão estrutural e construtiva. O autor cita o equívoco da tentativa da reprodução na arquitetura das vanguardas modernas artísticas, como cubismo, neoplasticismos entre outras. Apesar de seu discurso focado na construção ele não defende a produção mecânica da arquitetura, mas sim da busca da poética da construção, ligado à criação. Ao citar a tectônica, é fácil de ver a pobreza de significação nos dicionários. Essa tectônica vai além do simples e redutivo sentido ligado a construção, mas está ligada à poética de construir em conjunto e alinhada à arquitetura e às artes. O construir para Frampton é mais ontológico do que representacional, como se vê em muitas manifestações modernas e pós-modernas. Há uma tendência da redução da arquitetura a cultura de consumo, porém a resistência dessa manifestação aestilística expresso por Frampton é positiva no contexto atual. Apesar das origens da palavra tectônica serem ligadas a construção e a prática, com o passar do tempo o sentido se transformou obtendo um caráter poético. Apesar de que a tectônica não pode se desvincular da tecnologia. Em relação à forma construída que está dentro da distinção de objeto tectônico, Semper divide a forma construída com 2 procedimentos: a tectônica da estrutura e estereotomica (relacionado com o