A RELATIVIDADE DA BELEZA NA ARTE
De quantas ações com intenção estética é feita a vida?
As roupas que escolhemos para nos cobrir, nosso penteado e nossa gestualidade não expressam nosso estado de espírito e a imagem que queremos vestir publicamente? E a maquiagem, o andar e o olhar não servem de máscaras que, escondendo e disfarçando, revelam uma maneira peculiar de nos colocarmos no mundo?
De quantas decisões de caráter estético são feitas as mais simples escolhas? A cor que nos identifica, o balanço do corpo com que nos locomovemos, a música que embala nossos sonhos, a entonação que damos à voz quando queremos nos aproximar de alguém, a maneira como desfilamos por entre as pessoas, tudo isso constitui um mundo de significados e símbolos estéticos que possibilitam a expressão de mil mensagens que trazemos dentro de nós.
Assim, somos uma fonte inesgotável de sentidos estéticos, tão inerentes à nossa identidade como o nome de nascimento. De forma tão instintiva como respiramos, vamos organizando, desde o nascimento, uma maneira própria de perceber e apreciar o mundo, através da descoberta contínua e permanente de suas propriedades estéticas.
A arte penetra em nós através da porta da sensibilidade, mantendo aberto esse canal com nossa natureza mais instintiva e profunda. A cada momento de arte nos tornamos mais aptos à captação da beleza do mundo e de seus significados.
É fonte inesgotável de interpretação e sentido. E, mesmo mantendo laços estreitos com seu tempo e seu espaço, a arte atravessa a história e se apresenta virgem a novas interpretações.
Ela registra tudo o que os artistas de todos os tempos quiseram comunicar e deixar inscrito em papel, pedra, pele de animais, argila, vinil ou celulose, aos seus contemporâneos e à posteridade – milhares de mensagens que constituem uma memória
Dentre as características mais importantes da arte, destacamos a emoção e o prazer que ela desperta e que alguns filósofos identificam como o prazer do belo ou prazer