121544484631

1477 palavras 6 páginas
Desde que o homem se conhece, sua preocupação com o Universo tem sido fonte de inspiração nas ciências assim como nas artes, na filosofia e na religião. Iniciamos a jornada humana através de um misticismo que se tornou pensamento, vertendo-se primeiramente em religião, depois em filosofia e finalmente em ciência, tendo passado pelas artes. Quando nos tornamos conscientes de nossa existência, a beleza do cosmos abalou profundamente nossa mente. E desde então, a preocupação humana com o problema de nossas origens tem sido fonte de inspiração para a música, arte e religião, haja visto a enorme quantidade de lendas em sociedades mais primitivas e a sua presença em conteúdos mitológicos de várias religiões politeístas, que culminam nas gêneses das religiões monoteístas.

A busca da compreensão do cosmos motivou também gerações de pesquisadores em todas as áreas do conhecimento. O ser humano, tornado consciente, passando a viver o mito do herói e a planejar a compreensão de si mesmo e de seu mundo exterior, almeja poder descrever a criação do mundo, suas leis e conseqüências. A Arte retrata bem estas passagens. É assim que a preocupação humana tomou forma em objetos longínquos, primeiramente, desde os antigos, no macrocosmos. Não havia na época como se preocupar com o microcosmos por falta da técnica adequada. Ao final do século XVIII este caminho começou a ser trilhado e posteriormente pavimentado.

Pode-se dizer que a Mitologia tenha sido o início da ciência, como vemos nos pitagóricos, que foram o elo de ligação entre o Orfismo e uma proto-ciência. O Orfismo, por sua vez, foi um movimento de reforma dos mitos dionisíacos. Pitágoras fez portanto uma ligação entre o místico e o racional, uma dicotomia que sempre permeou a história do pensamento humano, não tendo, todavia, uma união harmônica no Ocidente depois dos gregos antigos. Na Grécia Antiga, os mitos anteriores acerca de deuses e ritos menos civilizados foram transformados nos mitos acerca dos deuses

Relacionados