A REGULAMENTA O DA PROFISS O PSICOLOGIA
Marisa Todescan Dias da Silva Baptista - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
O presente artigo pretende analisar como se deu o processo histórico da regulamentação da profissão de psicologia, desde o inicio da década de 1930 até a aprovação da Lei 4119/62. Para Bernardes (2004) o processo histórico da regulamentação da psicologia foi muito curto, se compararmos com o processo de regulamentação de outras profissões, cujo tempo foi maior. Mas com a psicologia esse processo foi curto devido o contexto social da época ser favorável a existência da psicologia. Na década de 1930, o início do estabelecimento das indústrias e o crescente processo de urbanização das cidades demandaram práticas psicológicas que poderiam favorecer a organização do trabalho, bem como atuar nas escolas e clínicas infantis. Esse percurso que iniciou na década de 30 até a aprovação da lei em 1962 caracterizou-se por discussões e inúmeras idas e vindas de projetos, pré projetos, substitutivos, emendas e muita negociação até que houvesse a aprovação oficial. Lembrando também que a aprovação não foi o ponto final do processo de profissionalização da psicologia. Segundo Pereira Neto (2003) o final do processo só aconteceu em 1975, após a aprovação do código de ética e a instalação dos conselhos regionais e federal de psicologia. Na década de 1950 inicia-se o processo de desenvolvimento e modernização das indústrias, a ampliação da classe média, a modernização do sistema de ensino nas escolas e faculdades, de forma a poder responder as necessidades de desenvolvimento do país. Em 1953 o profissional de psicologia era entendido como psicologista, e os três requisitos básicos para sua formação eram: preparo específico, teórico, experimental e prático. O psicologista não era um simples técnico, nem cientista, haveria de ter como centro de gravidade o humano, nos aspectos de sua personalidade individual